domingo, 3 de novembro de 2013

De Luiz Vilela, o conto "Catástrofe" foi traduzido para Feira de Frankfurt, adaptado para vídeo e estudado na Universidade

sábado, 13 de outubro de 2012

Revista Machado de Assis é lançada na Feira de Frankfurt

Foi lançada ontem - 10 de outubro, durante o primeiro dia da Feira do Livro de Frankfurt, o número de estreia da Revista Machado de Assis - Literatura Brasileira em Tradução. “É um prazer e uma honra lançar essa revista aqui em Frankfurt, esse trabalho de parceria faz parte de um esforço que começou em 2011 e está planejado até 2020”, ressaltou o presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Galeno Amorim, ao abrir o evento. A revista é uma parceria da FBN com em parceria com o Itaú Cultural, a Imprensa Oficial de São Paulo e o Ministério das Relações Exteriores. “A Revista Machado de Assis é uma parceria público-privada com excelentes equipes envolvidas e grande empenho da FBN” elogiou o gerente da área de literatura e audiovisual do Itaú Cultura, Claudiney Ferreira. O nome foi escolhido em homenagem ao escritor Machado de Assis (1839-1909), um dos mais importantes da língua portuguesa. A publicação terá edições impressas semestrais e virtuais trimestrais, no site www.machadodeassismagazine.bn.br. Criada a partir do edital de coedições da FBN, a publicação busca apresentar ao mercado editorial internacional os autores que vêm se destacando no país, tanto os experientes quanto os novos talentos. No lançamento, foi anunciado o prazo para o recebimento de textos das 2ª e 3ª edições, que vai até o dia 10 de novembro. A segunda edição será voltada a trechos de ficção brasileira e aceitará textos já publicados em livro no Brasil traduzidos para o alemão, espanhol e inglês. A terceira edição será inteiramente dedicada à literatura infantojuvenil. Assim, o Brasil já começa a se preparar para a homenagem que receberá em 2014, na Feira do Livro de Bolonha, a mais importante do mercado internacional para este tipo de literatura. Para a primeira edição, e como forma de passar um cenário vibrante e contemporâneo da literatura brasileira, deu-se preferência à produção atual dos escritores, levando em conta uma diversidade de idades, estilos e temática. Foram selecionados 20 textos de escritores brasileiros, entre os 102 inscritos. A escolha foi feita pelo Conselho Editorial da Machado de Assis, indicado pelo presidente da FBN. A revista também abriu espaço para obras clássicas. No primeiro número, a versão impressa contará com dois contos de Machado de Assis, um em espanhol e outro em inglês. O objetivo da revista é promover o acesso a textos traduzidos de escritores brasileiros pelo mercado editorial internacional ampliando, assim, a visibilidade das obras brasileiras e as oportunidades de venda de seus direitos autorais no exterior. A Imprensa Oficial será responsável pela impressão da revista e o Ministério das Relações Exteriores trabalhará em parceria com a FBN para realizar a distribuição internacional da edição impressa. Informações no Site e Blog: http://www.machadodeassismagazine.bn.br/ http://www.machadodeassismagazine.com.br/blog/

http://www.machadodeassismagazine.bn.br/new/titulo.php?id_titulos=102&edicao=Edição%2005




O conto do mineiro Luiz Vilela é a base para o exercício que está na edição de agosto da revista Na
Ponta do Lápis. A ideia é realizar a leitura em camadas, selecionando e parando em trechos específicos 
do texto para a análise do leitor durante o próprio ato de ler.  Os alunos vão se divertir com a animação 
em stopmotion e a proposta os ajudará a entender melhor a construção do conto. Quem ainda não 
recebeu a revista, pode conferir a atividade logo abaixo do vídeo. Junto com ele, disponibilizamos o 
texto na íntegra. 

Confira e mãos à obra!

Ficha técnica:
Texto: Luiz Vilela 
Roteiro: Equipe da Comunidade Virtual Escrevendo o Futuro 
Animação: Jéssica Nozaki 
Fotografia: Luiz Ribeiro 
Vozes: José Alves como "Artur" / Jéssica Nozaki como "Mimi" 
Edição: Jéssica Nozaki e Luiz Ribeiro 
Trilha sonora e desenho de som: Luiz Ribeiro e Jéssica Nozaki 
Mixagem e masterizacão: LR Estúdio


Para assistir ao vídeo em animação feito a partir do conto, clique aqui.



Blog da RELer&fazer

Coordenação: Santinho Ferreira de Souza. Atualizações: Roberta Soares e Santinho Ferreira de Souza.

na ponta do lápis
Escrevendo o Futuro

A leitura é feita em camadas, e o conto é de Luiz Vilela.

Confira aqui.

http://relerefazer.blogspot.com.br/2013/09/na-ponta-do-lapis.html

De olho na prática: Ensinar leitura lendo



É papel da escola – de acordo com a pesquisadora da área da linguagem Magda Soares – democratizar o
acesso e ampliar o convívio com múltiplas situações e intenções de leituras. O leitor é diferente a cada
prática leitora. São inúmeros os gestos, os modos de ler, sempre atrelados ao objetivo da leitura. Ler
silenciosamente, em voz alta, rapidamente, sublinhar o texto, anotar nas bordas das páginas, deter-se
às imagens e apelos visuais, ler nas entrelinhas, aprofundar, reler quando surgem dúvidas.
O desafio é materializar – no cenário da sala de aula – a leitura como construção ativa do aluno: interação
do leitor com o que diz o autor sobre determinado assunto, tendo o professor como mediador desse
processo.
Nesse espaço de diálogo sobre o ensino de língua relembramos uma estratégia de leitura que pode
contribuir para o leitor pouco experiente monitorar sua compreensão: a leitura protocolada, também
chamada de “pausa protocolada”. O professor, por meio de uma série de perguntas, provoca o estudante
a fazer previsões e checá-las; a articular o repertório prévio – aquilo que já sabe – com as informações do
texto; a compreender e refletir sobre o que foi lido. Assim, o jovem leitor atento aos recursos empregados,
aos modos de dizer próprios de cada autor, aprende a ler as diversas camadas do texto, ampliando a
compreensão do sentido.
Os textos enigmáticos, de suspense e os com finais surpreendentes são os mais indicados para essa
estratégia, pois aguçam a curiosidade e fisgam o leitor logo nas primeiras linhas da história.
Convidamos você, professor, a viver essa experiência.

■ Preparo da leitura
alunos, o número de aulas e os recursos necessários para desenvolver a leitura protocolada. Procure ensaiar
o modo de ler com leitura em voz alta, modulação da voz, gestos, expressão facial, interpretação e
movimentos, conjunto de ações decisivas na conquista do leitor.
Defina previamente onde serão feitas as pausas, de preferência depois da introdução de algum elemento
novo no texto – um lugar, uma personagem, um problema –, ou em trechos que antecedem alguma
revelação. No decorrer da leitura, um recurso valioso é o professor ter em mãos o próprio suporte – neste
caso, o livro e o dicionário. Exemplares que poderão circular pela sala de aula após a leitura. Explique aos
estudantes como será o trabalho, ressaltando a importância dos turnos de fala e escuta para melhor
aproveitamento da leitura.

É função e obrigação da escola dar amplo e irrestrito acesso ao mundo da leitura, e isto inclui a
leitura informativa, mas também a leitura literária; a leitura para fins pragmáticos, mas também a
eitura de fruição; a leitura que situações da vida real eexigem, mas também a leitura que nos
permita escapar por alguns momentos da vida real. 
                                                                                   Magda Soares - “Introdução: ler, verbo 
                                                                                  transitivo”, in: Aparecida Paiva; Aracy Martins; 
                                                                                   Graça Paulino, Zélia Versiani (orgs.). Leituras 
                                                                                   literárias, discursivos transitivos. Belo Horizonte: 
                                                                                   Autêntica, 2008.

■ Vamos começar
Provoque o interesse apresentando o título do texto. Você pode escrevê-lo na lousa, em uma tira de papel
ou na lâmina de PowerPoint, caso sua escola disponha de Datashow.


Pergunte aos alunos:
O que o título do texto sugere?
Lembra alguma imagem?
Qual?
Convida à leitura?

Anote as hipóteses levantadas pela turma. Esquente um pouco mais a conversa lendo a etimologia da
palavra catástrofe no dicionário.




Na opinião de vocês, Catástrofe é um bom título?
Para qual gênero de texto?
Onde foi publicado?

Espera-se que os alunos indiquem vários gêneros: crônica, conto, poema, artigo de opinião, editorial,
manchete... Boa oportunidade para saber se a turma tem familiaridade com a leitura de diversos gêneros
textuais, a finalidade de cada um deles e os suportes em que são veiculados.
Informe o nome do autor do conto: Luiz Junqueira Vilela. Pergunte aos alunos se conhecem o escritor, se
já leram algum livro dele?
Conhecer a história de vida, a formação, o trabalho, a obra, o período em que o texto foi escrito traduz a
cultura de uma época e ajuda o leitor a compreender o modo de narrar do autor.


 


Envolva os estudantes no clima da história; informe que o conto “Catástrofe”, de Luiz Junqueira Vilela, foi 
publicado no livro A cabeça (São Paulo: Cosac & Naify, 2002, pp. 87-92). Aqui, o conto será dividido em 
seis trechos para o exercício de leitura protocolada. O vídeo abaixo, produzido pela equipe da Olimpíada de 
Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, pode ajudar para a realização dessa atividade, a partir da audição 
de uma leitura dramática do contoCatástrofe. Ao longo do exercício, indicaremos os períodos de tempo do 
vídeo correspondentes a cada um dos trechos do texto a serem trabalhados.

■ Esmiuçar a leitura
Leia em voz alta ou ouça o primeiro trecho do conto. No vídeo Catástrofe, entre os períodos 0'00" e 0'37".




Pare a leitura e pergunte aos alunos:
Pelo início do diálogo das personagens, como a conversa continuaria?
Dá para imaginar como são as personagens?

Ouça com atenção as antecipações dos alunos. Verifique se alguma previsão se aproximou do texto do
autor. Valorize as respostas plausíveis que evidenciem que o ouvinte-leitor está acompanhando a trama.
Retome a leitura ou a audição. Na sequência o segundo trecho do texto. No vídeo Catástrofe, entre
os períodos 0'37" e 1'03".




Outra parada na leitura e novas perguntas:
Quem são Mimi e Artur?
Como o autor caracteriza essas personagens?
Em que cenário se dá esse diálogo?
Qual é o passeio que os meninos tanto precisam?
Quem se arrisca a dizer?

Registre as projeções a respeito do que pode vir a acontecer. Pergunte aos alunos que caminho foi feito
para levantar as hipóteses. Confira a compatibilidade das previsões e dê oportunidade para reformulação
das previsões apresentadas.
Continue a leitura ou a audição do texto, destacando o terceiro trecho do conto. No vídeo Catástrofe,
entre os períodos 1'03" e 2'14".


Mais uma pausa para perguntas:
Neste conto, o que chama a atenção do leitor?
Por que Artur está tenso?
Como é o tom do diálogo entre Mimi e Artur?
O casal está brigando?
Qual o motivo de Mimi sentir dó da Dininha?
Será o número de filhos, os nomes estranhos dos moleques?

À medida que a leitura avança, antes de fazer a suposição, é fundamental retomar as informações contidas
no texto para que se possa, neste caso, desvendar o dó que Mimi tem de Dininha.
Depois de acolher e organizar as ideias apresentadas pelos alunos, o professor pode chamar a atenção para
a simplicidade, precisão, ironia e humor presentes no diálogo do escritor, antes de prosseguir a leitura ou a
audição do que chamamos quarto trecho do conto. No vídeo Catástrofe, entre os períodos 2'14" e 3'10".



Mais uma pausa e outras provocações:
O que tanto preocupa Artur?
Por que Artur usa o substantivo “horda” quando se refere à família de Dininha?
Será que a equação está relacionada com a guarda dos valiosos bens do casal?
Que pistas o conto oferece para você descobrir qual é a equação?

Confira se as antecipações apresentadas são compatíveis com o sentido, a progressão do texto, e se os
estudantes buscam outros textos para justificar as previsões.
É comum a dispersão da turma em algumas situações de leitura, como em trechos longos, complexos,
polêmicos. Se isso ocorrer, retome a leitura prestando atenção aos modos de ler: entonação, velocidade,
expressividade, evitando tom único, monótono.

Lembrete: o foco do trabalho é a leitura;
portanto, explore bem a compreensão
leitora, evitando usar essa atividade como
pretexto para uma proposta de escrita.

Dê continuidade à leitura ou à audição, agora do nosso quinto trecho do conto. No vídeo Catástrofe,
entre os períodos 3'10" e 3'56".


Outra parada e mais perguntas:
Dá para imaginar o Artur menino?
Onde vivia?
O que fazia?

Como o texto se aproxima do final, aproveite as inferências apresentadas para rememorar os diálogos
curiosos, buscar indícios que apontem como o autor vai encerrar o conto. Desafie o grupo a prever como
terminará o diálogo do casal Artur e Mimi, não esquecendo que o título do texto é Catástrofe.
Recupere com os alunos o conteúdo dos diálogos. Peça-lhes que observem se travam embates, se mostram
a realidade, o cotidiano do convívio humano. Em seguida, pergunte quais deles têm mais chance de se
aproximar do que foi escrito pelo autor.
Leia ou ouça o trecho final do conto. No vídeo Catástrofe, entre os períodos 3'56" e 4'55".



■ Ponto, quase final, da leitura
A leitura não se esgota, continua na voz dos estudantes: O que mais chamou a atenção e surpreendeu
você na leitura do conto? Concordam ou discordam da posição do autor? Gostaram do desenrolar da
trama? Tudo o que devia ser dito no diálogo foi dito? O que têm a dizer sobre o desfecho?
Impressões, críticas, informações, tomada de posição, avaliação da narrativa lida e da estratégia utilizada
são bem-vindas.
Comentários:

# Sugestões — Neide Zandonaide Nazário de Souza 20-09-2013 22:34

Quando li a revista achei interessante para que o conto seja feita com o auxílio da lousa digital e do

tablet. Em seguida após a leitura e o vídeo os alunos com a ajuda do professor farão uma produção

textual coletiva. Os alunos construirão frases na lousa digital para criação do texto coletivo para que

dê um final para o conto.

Site do CENPEC, aqui.

Para ler o conto de Luiz Vilela, clique aqui.


                                              NA UNIVERSIDADE

O conto "Catástrofe" foi analisado pela pesquisadora TÂNIA PANTOJA-SARMENTO, em estudo que
foi publicado no livro No meio-dia verde do agora: formas do contemporâneo na literatura
brasileira, organizado por Mayara Ribeiro Guimarães e lançado, em 2012, pela Oficina Raquel, do
Rio de Janeiro. Para ler o artigo, clique aqui.

Um comentário:

  1. Ótimo! Adoro Luiz Vilela e gostei do conto, muito bom! Já faço trabalhos em sala assim e sempre dão bons resultados. Os alunos se envolvem e participam muito. Esse conto é ideal, devido a comicidade da situação. Meus alunos vão gostar do autor. Boa sugestão. Obrigada. Helem

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