sexta-feira, 29 de novembro de 2013

LUIZ VILELA: UM REGISTRO FOTOGRÁFICO

          Há 50 anos, no dia 22 de novembro de 1963, morria o presidente americano John Fitzgerald Kennedy, assassinado por tiros de fuzil num desfile em carro aberto, em Dallas, Texas. A data ocupou, na última semana, as páginas dos jornais do mundo inteiro.
         Nos inícios de junho de 1969, Luiz Vilela voltava de Iowa City, Iowa, nos Estados Unidos, onde, por nove meses, estivera participando do International Writing Program. Depois de uma breve passagem por Chicago e a caminho de Nova York, onde embarcaria para uma temporada na Europa, ele fez uma breve escala em Washington, D.C.
         Na ocasião, na tarde do dia 8 de junho, Vilela, então com 26 anos, visitou a sepultura de Kennedy, no cemitério militar de Arlington. O momento ficou registrado em duas fotos, que pertencem ao seu arquivo pessoal e que, com a sua permissão, damos abaixo.

         Damos também, antes, reproduzida da Folha de S.Paulo, de 21 de novembro, uma foto recente (de Mandel Ngan/AFP), em que aparecem o presidente Barak Obama e mulher e o ex-presidente Bill Clinton e mulher diante da sepultura de JFK, numa cerimônia de homenagem a ele.




quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Jornal do Pontal, de Ituiutaba, registra lançamento do Você Verá

Luiz Vilela lança em BH, novo livro de contos
25 de Novembro de 2013

Ocorre hoje (terça-feira, dia 26 de novembro), na Livraria Mineiriana, em Belo Horizonte, a partir das 19h, o lançamento da mais nova coletânea de contos do ituiutabano Luiz Vilela. O volume é composto por onze narrativas, escritas nos últimos onze anos. Esses contos trazem as marcas que consagraram o escritor como um dos maiores contistas da história da literatura brasileira, ombreando-se com Machado de Assis, Mário de Andrade, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Dalton Trevisan e Rubem Fonseca.
Na edição 18 da revista Impacto, que circula neste final de ano, há artigo do ficcionista e professor universitário Rauer Ribeiro Rodrigues, reconhecido hoje como o maior estudioso da obra de Luiz Vilela. Rauer faz resenha de "Você Verá", com anotações rápidas sobre cada um dos contos e uma visada sobre todo o volume. O texto de Rauer, por sua acuidade, se configura análise do conjunto da obra de Luiz Vilela. Para Rauer, o ficcionista Luiz Vilela produz uma obra de "criador inquieto" que retrata um mundo em crise, de pessoas que "tardiamente descobrem a necessidade de compartilhar suas dores".
In: http://www.jornaldopontal.com.br/index.php?ac=news&id=10090.

Veja a Resenha completa de Rauer, clicando aqui.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

CONVITE - 1º Seminário do Grupo de Pesquisa Luiz Vilela

PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO DO GPLV DE 2013

Local:        Mestrado em Letras do CPTL / UFMS
Início:       8h30, sábado, dia 30 de novembro
Debatedores:  Prof. Dr. José Batista de Sales (UFMS)
              Profa. Dra. Kelcilene Grácia Rodrigues (UFMS)
              Profa. MSc. Luciene Lemos de Campos (SED-MS)

Projetos em debate:

1. ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS: uma análise de práticas de ensino por meio da obra de Luiz Vilela
                 Karina Torres Machado (PG – Profletras – UFMS / CAPES)

2. UMA BIOGRAFIA LITERÁRIA DE LUIZ VILELA - anteprojeto de doutoramento
                 Pauliane Amaral (MSC em Estudos de Linguagens pela UFMS)

3. A METACRÍTICA DA FORTUNA CRÍTICA DE LUIZ VILELA - anteprojeto de pós-doutoramento
                 Eunice Prudenciano de Souza (Dra. em Estudos Literários / UNESP)
                 
As atividades serão presididas pelo Coordenador do GPLV, Prof. Dr. Rauer Ribeiro Rodrigues.

A sessão é aberta a todos os interessados, que poderão participar do debate.

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Fica aqui o meu convite para que você compareça.

Abraços,

Prof. 
Rauer.


P
rofessor de Literatura Brasileira na UFMS; Doutor em Estudos Literários pela UNESP de Araraquara; Pós-Doutor pela UERJ; atua no Mestrado em Letras da UFMS de Três Lagoas; editor-chefe da Guavira Letras; coordenador do Grupo de Pesquisa Luiz Vilela – GPLV. 

Grupo de Pesquisa Luiz Vilela: http://gpluizvilela.blogspot.com/

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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Você Verá - 2

Grandeza das coisas miúdas »

Luiz Vilela lança a coletânea de contos 'Você verá' em Belo Horizonte

Escritor retrata com estilo direto momentos aparentemente banais da vida de gente comum


Carlos Herculano Lopes - EM Cultura Publicação:26/11/2013 07:50Atualização:26/11/2013 09:06
  
Romancista e contista, Luiz Vilela leva para suas histórias a dimensão nem sempre percebida da realidade

Em 1967, aos 24 anos, Luiz Vilela sacudiu a literatura brasileira com o lançamento do livro de contos 'Tremor de terra', com o qual venceu o Prêmio Nacional de Ficção. De lá para cá, já publicou cerca de 30 livros, entre coletâneas de contos e romances, ganhou prêmios importantes e foi traduzido para várias línguas.

Nascido em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, onde voltou a viver há alguns anos, depois de ter morado em Belo Horizonte,  São Paulo, Estados Unidos e Espanha, ele lança nesta terça-feira livro de contos, 'Você verá', na Livraria Mineiriana.

Já na primeira história, 'Zoiuda', a solidão de um homem que vive sozinho é preenchida pela presença de uma lagartixa “esbranquiçada, um pouco mais cabeçudinha que o comum”, que todas as noites lhe faz companhia quando volta para casa. Até o dia em que o bichinho sumiu e o homem teve de admitir, mesmo relutando, que sem a presença dela “aquele apartamento ficara um pouco mais vazio”.

No conto seguinte, 'Era aqui', outro homem, deixando-se levar pelas lembranças, mostra à namorada o lugar onde, na sua terra, existia um campinho de futebol no qual ele e os amigos, quando eram meninos, jogavam bola, até o dia em que a prefeitura acabou com tudo.

Num dos melhores contos do livro, 'O Bem', Luiz Vilela, de forma primorosa, fala da estreita relação que aos poucos vai sendo formada entre um homem e um encanador chamado Bem, que um amigo indicou para desentupir o sanitário do seu escritório.

Com estilo enxuto, mas carregado de emoção, as 11 histórias que Luiz Vilela oferece ao leitor em 'Você verá' são para ser lidas sem pressa. Temas corriqueiramente humanos, como a solidão, as lembranças, a vontade de mudar as coisas ou mandar tudo às favas, são recorrentes na obra.

É a vida de gente comum, que nas mãos de um mestre como Vilela acaba ganhando outra dimensão, pela capacidade, já testada em tantos outros livros, de dar grandeza às coisas aparentemente banais.

Você Verá
Lançamento do livro de Luiz Vilela. Terça-feira, a partir das 19h, na Livraria Mineiriana, Rua Paraíba, 1.419, Savassi. Entrada franca. Informações: (31) 3223-8092.
 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Você Verá - 1

A ARTE CONCENTRADA DO CONTO:
LUIZ VILELA LAN
ÇVOCÊ VERÁ

              Rauer Ribeiro Rodrigues
Ficcionista, professor,
crítico literário

A sétima coletânea de contos do ficcionista mineiro Luiz Vilela, Você Verá, que acaba de sair pela Editora Record, mantém o vigor inaugural do criador inquieto diante de um mundo duro, uma sociedade mesquinha e uma civilização em crise, de pessoas solitárias que tardiamente descobrem a necessidade de compartilhar suas dores.

Você Verá  contém onze contos, alguns publicados antes em jornais ou revistas literárias, impressos ou digitais. Temas marcantes em Luiz Vilela se fazem presentes, como a infância, a incomunicabilidade, o amor, as relações interpessoais, a morte, a política.

A forma narrativa preferencial continua sendo a do diálogo, em que a maestria do escritor mais uma vez se demonstra, estabelecendo variações ousadas, indo do monólogo à citação de falas passadas em falas do presente. Há, ainda, conto construído apenas com declarações isoladas de personagens que não trocam palavras entre si. De modo que o escritor mantém as características que o consagraram como o melhor criador de diálogos de toda a história da literatura brasileira, e acrescenta novas maneiras de contar. Vamos aos contos.

Em "Zoiuda", um professor algo misantropo se torna amigo de uma lagartixa.

Em "Era aqui", um casal dialoga, e o homem relembra episódio marcante de sua infância.

Em "O que cada um disse", um fato inesperado gera diversas reações, colhidas por um narrador que se circunscreve a dispor os comentários para os leitores.

Em "Céu estrelado", um homem de negócios retorna para casa na noite de Ano Novo e, após receber diversos telefonemas (da mulher, do sócio, do filho), entra em uma estrada secundária, desliga o carro e, deixando de participar da festa, "encostou a cabeça no banco, fechou os olhos e ficou ali, na escuridão, esperando passar o tempo, esperando o Ano-Novo passar".

Em "Todos os anjos", pai e filho pequeno conversam sobre... anjos

Em "O Bem", um advogado de sucesso narra episódios de um estranho amigo cujo apelido é Bem

Em "Quando fiz sete anos", a narrativa trata de um presente inútil dado por um avô ao neto, em evocação da personagem criança pelo narrador agora adulto

Em "Corpos", explode a violência de um tempo em que as máquinas dominam a vida humana, com a naturalização da morte como espetáculo

Em "Noite feliz", a personagem recebe parentes para o Natal, ou imagina que os recebe, e para eles prepara surpresa que é questionamento feroz dos fundamentos da civilização hebraico-cristã Ocidental

Em "Mataram o rapaz do posto", a violência que invade o cotidiano brasileiro, mesmo nas pequenas cidades do interior, tem uma clave de humor chistoso

Em "Você verá", a história do país é substrato amargo que lateja em diálogo prosaico ocorrido quarenta anos antes do diálogo ser narrado.

Os onze contos reunidos por Luiz Vilela desde o lançamento, em 2002, de A Cabeça, contêm força narrativa e qualidade estética para repetirem o mesmo fato que constatamos quando daquele lançamento: em algum momento, ao percorrermos as críticas publicadas, perceberemos que conto algum do Você verá ficará sem algum crítico o destacar como a obra-prima da coletânea.

Esta é a principal força deste novo livro: os contos de Luiz Vilela são sempre leitura indispensável.

Mesmo se aqui ou ali houver um tema repisado, mesmo que aqui ou ali uma solução narrativa seja revisitada, mesmo que eventualmente uma formulação estética seja retomada, cada conto de Luiz Vilela traz em si toda a arte concentrada da história do conto universal e do conto brasileiro, tornando-se modelar, exemplar, inesquecível.

 ao livro:  Você Verá.

                                          
                                          SERVIÇO

                       Lan
çamento do livro Você Verá
                       Dia 26 de novembro, 3a.-feira,
                       a partir das 19 horas:

                                        LIVRARIA MINEIRIANA
                                        Rua Paraíba, 1419 - Savassi
                                        Belo Horizonte -MG

sábado, 9 de novembro de 2013

REUNIÃO DO GPLV DISCUTE PROJETOS DE PESQUISA

CONVITE
Reunião do GPLV
Grupo de Pesquisa Luiz Vilela

Dia 30 de nov. de 2013
Início: 7h30
Local: PPG-Letras da UFMS, 
Câmpus 1 - Três Lagoas

Debates:
1. Novos projetos de pesquisa sobre LV;
2. Novos artigos completos sobre LV;
3. Novos estudos, apresentados como súmula

Para apresentar seu projeto, artigo ou súmula, entre em contato pelo e-mail gpluizvilela@gmail.com, para incluirmos seu trabalho na programação.

Para o evento, teremos Data-Show; traga sua apresentação em um pen-drive. Caso pretenda participar do evento como ouvinte, será um prazer recebê-lo. Não há custo algum para participação, seja como ouvinte, seja com apresentação de trabalho.
 

Abrç,
Prof. Rauer.
Coordenador do GPLV
~ o ~

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Dois novos textos sobre a obra de Luiz Vilela estão na Fortuna Crítica

Confira dois novos artigos sobre a obra de Luiz Vilela, com links disponíveis na aba Fortuna Crítica.

São os seguintes:

·      SOUZA, Eunice Prudenciano de. Em Luiz Vilela, a volta ao passado e à infância como reinvenção dos sonhos perdidos. Abralic, 2013.

Resumo: Nossa proposta é demonstrar de que maneira a narrativa de Vilela se torna dissonante em relação ao contexto no qual está inserida. Essa dissonância configura-se como resistência ao que oprime o indivíduo — inserindo-se, aí, as relações sociais encarceradoras, a barbárie do mundo moderno capitalista de nossos dias e a solidão. Entre os contornos que essa resistência adquire, destacamos a volta ao passado e à infância como formas de resgate e valorização de sonhos que reinventam a vida. Partimos do conto "Lembrança” para explicitar o modo como o idoso está às margens da sociedade e como o tema aparece nas narrativas do ficcionista mineiro. No conto “O violino” é a figura de uma criança que possibilita o resgate de valores positivos, pois a criança não foi ainda tolhida pelos falsos conceitos cristalizados do mundo adulto. É um menino que, ao descobrir o velho violino no porão — espaço simbólico que abriga sonhos do passado —, possibilita o despertar de Tia Lázara para antigas emoções. No entanto, as pressões familiares promovem a conformação da personagem, levando-a à desistência e à renúncia dos sonhos. O espaço da casa familiar e a figura da criança serão elementos invariantes na abordagem do tema da velhice como cerceadora de sonhos por Vilela. Nos contos em questão, normas e comportamentos sociais situam a velhice à margem da vida e a voz do narrador, ao solidarizar-se com a profunda solidão a que são relegados, é dissonante diante do status quo.

Palavras-chave: dissonância; opressão; resistência; sociedade; sonhos.


· RODRIGUES, Rauer Ribeiro; MARTINS, Waleska Rodrigues. Entre Eros e Tânatos, brevidade — a presença da morte em Luiz Vilela. Todas as Letras, Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2013.

Resumo: A ficção de Luiz Vilela, centrada no cotidiano do homem comum, construída com linguagem coloquial, sintaxe simples e enredos de aparência trivial, tem, sob águas que parecem plácidas, subtextos que elaboram significados, aprofundam sentidos, questionam verdades, satirizam o senso comum e discutem abordando, entre outros temas, questões filosóficas e do âmbito religioso o homem, ser ontológico e ser histórico. Este trabalho mostra esses aspectos na obra do ficcionista mineiro tendo por corpus o conto “Um peixe”, da coletânea Tarde da noite (1970).

Palavras-chave: conto; literatura brasileira contemporânea; teoria da literatura.

Além destes dois textos, agora postados, nos últimos seis meses diversos novos links para a íntegra de artigos sobre a obra de Luiz Vilela foram acrescentados à fortuna crítica coletada pelo GPLV. Para acessá-los, clique aqui.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Vídeos resultantes do trabalho no Instituto Federal do Espírito Santo

O grupo de estudantes do Instituto Federal Tecnológico do Espírito Santo que realizou trabalho escolar sobre a obra de Luiz Vilela (ver detalhes aqui) produziu três vídeos durante a atividade. Acesse os vídeos clicando nas imagens abaixo:
LUIZ VILELA - CARACTERÍSTICAS



LUIZ VILELA - BIBLIOGRAFIA



HOMENAGEM AO GPLV - GRUPO DE
PESQUISA LUIZ VILELA


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Para acessar um relato sobre o trabalho apresentado, com depoimento de Bianca Hulle, clique aqui. 
Para acessar o questionário respondido por Luiz Vilela, clique aqui.
Para acessar uma síntese sobre o trabalho apresentado, clique aqui.

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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

LUIZ VILELA: RESPOSTAS A UM QUESTIONÁRIO

     Um grupo de estudantes do Instituto Federal Tecnológico do Espírito Santo realizou pesquisa sobre a obra de Luiz Vilela. O trabalho foi apresentado no início de outubro (ver detalhes aqui). Durante a elaboração do estudo, o grupo enviou um questionário ao escritor. Reproduzimos abaixo as perguntas feitas e as respostas de Luiz Vilela. 

     Como surgiu em você a vontade de escrever?
     Eu lia muito desde menino. Um dia, nos meus 13 anos, depois de ter lido tantas histórias, me veio a vontade de escrever também uma. Escrevi, gostei, escrevi outras, e aqui estou até hoje escrevendo histórias.

     Você algum dia pensou em desistir de escrever?
     Não, nunca pensei. Já tive, como escritor, muitos problemas, muitos aborrecimentos, muitas decepções, mas nunca pensei em desistir.

     Qual foi o momento mais marcante de sua trajetória de escritor?
     Houve muitos momentos marcantes, mas, para escolher somente um, eu diria que foi a publicação do meu primeiro livro, o Tremor de Terra, de contos. Depois de ser recusado pelos editores, eu, aos 24 anos, em Belo Horizonte, publiquei o livro à minha custa, numa edição graficamente modesta e de apenas mil exemplares. Mandei-o então para um concurso em Brasília, e ele ganhou o Prêmio Nacional de Ficção, o que foi muito comentado pelos jornais e me tornou conhecido em todo o Brasil.

     Entre os livros que você escreveu há algum de sua predileção?
     Não, não há. Cada livro foi, na época em que o escrevi, o melhor livro que eu poderia escrever. Assim, eu gosto igualmente de todos.

     Qual o seu livro que você mais demorou a escrever?
     O Perdição, meu último livro, publicado em 2011. Ele é um romance e foi escrito ao longo de mais de dez anos. Em número de páginas, é até agora o meu maior livro. livro. Perdiçãoganhou um dos mais importantes prêmios literários do país, o Prêmio Literário Nacional PEN Clube do Brasil 2012.

     Qual é a sua maior inspiração para escrever?
     Minha maior inspiração é o ser humano, com tudo o que ele tem de belo e de feio, de bom e de mau.

     E qual é a sua expectativa para a publicação do próximo livro, de contos, o Você Verá?
     A recepção de um livro, tanto por parte do público quanto por parte da critica, é sempre uma incógnita. Podem chover pétalas ou podem chover canivetes, ou então os dois. Seja como for, e falando em chuva, lembremo-nos de que quem entra na chuva é pra molhar. Não é mesmo?


     (Este questionário foi elaborado pelas jovens Bianca, Juliana, Ingrid e Débora, alunas do Instituto Federal Tecnológico do Espírito Santo, como parte de um trabalho escolar sobre o conto “Rodoviária”, de Luiz Vilela.)

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Para acessar um relato sobre o trabalho apresentado, clique aqui.
Para acessar uma síntese sobre o trabalho apresentado, clique aqui.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Relato de um estudo sobre Luiz Vilela

Em outubro de 2013, um grupo de estudantes do Ensino Médio Técnico do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo apresentou trabalho sobre a obra do escritor Luiz Vilela, com a análise de um conto. Abaixo, sintético relato do conteúdo do trabalho apresentado.

UM ESTUDO SOBRE LUIZ VILELA

por Bianca Hulle

Em um dos slides falamos sobre um depoimento do Luiz Vilela em que ele explica como produz suas obras. Encontramos o depoimento do Blog, e achamos muito interessante todo o trabalho que precede uma publicação, e então, resolvemos passar isso para a turma, para que todos tivessem a mesma percepção que tivemos, de que antes de se publicar qualquer obra, é necessário, além da inspiração, muito trabalho.
Em outro slide colocamos algumas fotos que mostram a relação entre Luiz Vilela e o cronista Rubem Braga, dentre elas a de uma crônica do Vilela em que ele cita o autor. Ao colocar isso em nosso trabalho, pretendíamos mostrar a admiração do Luiz Vilela pelo Rubem Braga, que é um autor de nosso estado, Espírito Santo, e que neste ano completaria 100 anos. Além disso, o próprio Vilela em conversa ao telefone conosco, nos falou sobre sua admiração pelo autor capixaba. Com isso mostramos uma das influencias na vida do autor Luiz Vilela.
Devido ao curto tempo de apresentação que tivemos não pudemos nos aprofundar no conto. Entretanto, fizemos uma síntese sobre o que o conto transmitiu para nós. Na primeira vez que lemos, não conseguimos extrair o que o conto passava, parecia bem confuso, mas depois fomos juntando os pontos e percebendo que toda aquela confusão que o texto nos passava, era exatamente a confusão experimentada pelos personagens no local em que estavam,  a rodoviária. Falamos que o conto representa bem o cotidiano, a visão que temos e aquilo que sentimos ao estarmos em uma simples rodoviária. Percebe-se que enquanto os personagens conversam, eles prestam atenção nas propagandas presentes na rodoviária, como "Beba coca-cola e sorria feliz", ouvem as chamadas feitas pela locutora e escutam a música ambiente. Simultaneamente, eles prestam atenção na conversa de outras pessoas ao telefone e a seu redor. O texto passa aos leitores a possibilidade de imaginar a rodoviária cheia, na qual pessoas passam correndo, procurando outras pessoas e até esperando. 

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Para acessar um relato sobre o trabalho apresentado, clique aqui. 

Para acessar o questionário respondido por Luiz Vilela, clique aqui.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Estudo sobre Luiz Vilela foi apresentado no IFES

Alunos do Ensino Médio Técnico do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo apresentaram trabalho sobre a obra de Luiz Vilela. Reproduzimos abaixo o depoimento da aluna Bianca Hulle sobre a atividade.


DEPOIMENTO DE BIANCA HULLE

Estou no 4° do curso técnico de Mecânica integrado ao Ensino médio do IFES (Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo). Na quinta-feira do dia 05/09/2013, minha professora Heloísa Tozzi de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira solicitou a nós, alunos, trabalhos sobre autores pós-modernos. A proposta era clara: cada grupo de 3 a 4 alunos estudaria duas semanas sobre autores como Luiz Vilela, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Rubem Fonseca, Guimarães Rosa, Luís Fernando Veríssimo, entre outros. Ao todo foram 10 autores. Heloísa pediu que nos trabalhos fossem abordados os seguintes assuntos:
·         Biografia do autor;
·         Contextualização no tempo/espaço;
·         Características do modernismo;
·         Características do estilo de escrita;
·         Obras/temas;
·         Análise de texto com a turma (resolução dos exercícios propostos no livro didático);


Abaixo uma foto do meu caderno com a anotação do trabalho requerido. 

No mesmo dia foram divididos os autores para cada grupo. Assim, saímos daquele dia com uma tarefa nova: conhecer, descobrir e nos aprofundarmos na vida desses autores. Para ser sincera, pouco conhecia de um ou de outro autor. E acredito que este meu desconhecimento fez criar em mim grande sentimento de curiosidade.

Meu grupo foi composto por Débora Maia, Juliana Oliveira e Ingrid Andrade. Fomos incumbidas de recontar a vida, obras, tudo sobre Luiz Vilela.

Assim como em outros trabalhos nos reunimos para estudarmos o autor e discutir a melhor maneira de apresentar para nossa turma já que não pretendíamos algo simples, queríamos realmente conhecer o Luiz Vilela e chamar a atenção dos outros alunos. Em relação aos estudos recorremos aos livros e principalmente à internet.
Quando descobrimos que Vilela era vivo, ficamos muito felizes e até surpresas, porque normalmente o que estudamos está muito distante de nós. Neste momento eu fiquei entusiasmada para conseguir alguma forma de contato com o autor. E foi então que a pesquisa foi tomando forma e tamanho. Enquanto navegava por “toda” a internet a procura de um e-mail, telefone, qualquer contato direto com o autor, minhas amigas estavam montando o trabalho. Até que a ideia de fazer um vídeo surgiu.

Inspiradas nos vídeos de um amigo da escola, Ivan Seidel, resolvemos produzir dois vídeos didáticos, um sobre a biografia do autor e outro sobre suas características como escritor pós-moderno. Para prepararmos o vídeo contamos com uma câmera, um tripé, muitas canetas coloridas, muitas folhas e principalmente, muita criatividade. Cada uma contribuiu com um pouquinho de ideias e aos poucos o vídeo sendo criado.

Abaixo fotos da montagem dos vídeos:


Já não estava tão confiante em conversar com autor, até porque, depois de muita procura consegui apenas mandar uma pergunta para um blog chamado GPLV (Grupo de Pesquisa Luiz Vilela). Não sabia se me responderiam. Então me engajei na edição dos vídeos.

No dia seguinte, surpreendentemente, recebi a resposta do organizador do blog, Rauer Ribeiro. Começamos a trocar e-mails e, cordialmente, Rauer mediou o contato com Vilela.  No dia 19/09/2013 eu e Juliana ligamos para Luiz Vilela. Esta foi a primeira vez em nossas vidas que falamos com um autor. Ficamos extasiadas e muito nervosas. Entre a minha voz tremula estava uma emoção, nunca antes sentida. A conversa durou mais ou menos 40 minutos. Ao final, marcamos outras ligações e aos pouco fomos conhecendo Vilela e ele foi nos conhecendo. Realmente, a cada ligação precisávamos tomar fôlego e espantar o nervosismo. Missão quase impossível.

Fotos do primeiro dia que conversamos com Luiz Vilela:



Os vídeos já estavam prontos, mas isso não parecia suficiente. Resolvemos fazer uma apresentação em Power Point para auxiliar o andamento da apresentação e mandar perguntas ao Rauer e ao Luiz Vilela para incrementarmos o trabalho. E foi isso que aconteceu. Infelizmente, as resposta de Vilela não chegaram a tempo, mas as do Rauer sim.

Em agradecimento a todo o apoio que tivemos fizemos outro vídeo, além dos previamente prontos. Este contaria com a “presença” do nosso intermediador, Rauer. Através da resposta em áudio que recebemos, montamos um vídeo em homenagem tanto ao GPLV quanto para o Luiz Vilela. Todos esses vídeos e o Power Point foram apresentados no dia 03/10/13. Graças a Deus tudo ocorreu como planejado e foi muito gratificante olhar para turma durante a apresentação e todos estarem olhando para o vídeo e nos escutamos. Acredito que do trabalho valeu a pena e que a nossa maior recompensa foi conversar e conhecer pessoas tão especiais como Rauer e Luiz Vilela.

Segue abaixo fotos da turma com a professora, da apresentação e o grupo:






Agradecimentos:
Amanda Lima (amiga do grupo): escolha da trilha sonora.
Ivan Seidel (amigo do grupo): empréstimo do tripé.

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Para acessar o questionário respondido por Luiz Vilela, clique aqui. 

Para acessar uma síntese sobre o trabalho apresentado, clique aqui.